domingo, 26 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PPP

Projeto Político Pedagógico, Construção Curricular e Emancipação Humana.
Ponto de Vista Sobre o Assunto
Mobilizarmos-nos no sentido da pesquisa e da ação em relação ao PPP e currículo da escola é necessário  visto que nas escolas, os docentes muitas vezes, não participam da elaboração do mesmo e quando o fazem é de uma forma distante do que se propõe na elaboração de um PPP. Sabemos que para fazê-lo temos que conhecer a realidade da comunidade em que a escola está inserida, buscando identificar problemas e necessidade  da escola, para uma elaboração onde haja a interdisciplinaridade voltada para a realidade vivida; para que o PPP aconteça de fato a instituição de ensino deve refletir, debater e documentar questões do cotidiano para que possa enfrentar os desafios do dia a dia de forma refletida, consciente, sistematizada e orgânica. Já o currículo nacional oficial é resultado de investimento ideológico do estado que expressa propostas elaboradas por um conselho estadual  de educação, onde os mesmos fazem alterações e adequações necessárias locais. É na escola que o currículo deve ser utilizado em sua plenitude, porém não é o que acontece, pois o resultado das provas externas nas escolas tem mostrado uma educação cada vez mais  bancaria;  a escola que deveria atender as possibilidades do conhecimento universal está alienada a essas situações para atender aos estudantes locais, sendo que esta precisaria promover um espaço reflexivo a cerca do conhecimento de forma espontânea e prazerosa. O que verdadeiramente acontece é uma educação voltada ao tradicional, em que o currículo é associado apenas aos conteúdos de ensino formal, relacionando o conhecimento com disciplinas organizadas sequencialmente e muitas vezes desconexo da realidade dos alunos. As inovações tecnológicas exigem uma aquisição do conhecimento mais flexível e interligado. Para isso é imprescindível que o profissional ou aluno tem esse conhecimento igualmente amplo e consciente; não apenas uma acumulação deste despedaçada tornando-se para o indivíduo algo obsoleto  sem sentido ou valor diante de um fato que determina o pensar-agir do cidadão. O nosso sistema de educação faz do ensino uma divisão de trabalho parecida com o modelo fordista, onde não se tem um conhecimento global nem uma integração das partes com o todo, ao invés de valorizar a integração do saber dificultam, separando de uma forma incompreensível e complexa. O que deveria ser um desenvolvimento construtivo de forma integrada ao interesse social e com conquista de saberes, não deixa de ser um modelo tradicional sem formação de um pensamento livre no qual o ser não conquista sua emancipação. Sabe-se que não existe projeto pedagógico ou currículo ideal pronto e acabado, pois a realidade de uma escola está em constante mudança e precisa sempre ser atualizado. Assim também  as práticas de ensino que além de ser repensada devem ainda partir da ação conjunta da escola e professor querer melhorar a qualidade de ensino de sua comunidade. E isso pode acontecer de uma forma dinâmica onde os alunos se tornem sujeitos históricos da própria aprendizagem capazes de apresentarem seus interesses aos segmentos da sociedade em que estão. Não é o pensamento de todos os profissionais da área da educação, mas é o que precisamos para superar os limites que nos foram impostos no passado e assim teremos profissionais melhores no futuro.
Ivonilde Lima